“Então o que vou fazer é mostrar a vocês como checar algumas manobras clássicas e sinais óbvios, na verdade, para o que tem sido chamado de neuro-bobagem, neuro-besteira ou, como prefiro, neuro-absurdo. Então a primeira declaração não comprovada é que você usa escaneamento cerebral para ler os pensamentos e emoções das pessoas. (…) Nós não encontramos um botão de “comprar” no cérebro, nós não podemos dizer se alguém está mentindo ou amando apenas olhando seus scans cerebrais, e não podemos transformar pecadores em santos com hormônios. Talvez algum dia possamos, mas até lá, precisamos ter cuidado para não deixar que afirmações exageradas desviem recursos e atenção para a verdadeira ciência que é montar um quebra-cabeças muito maior. Então é aqui que vocês entram. Se alguém tentar vender a vocês algo com um cérebro junto, não confiem apenas em suas palavras. Perguntem as questões complicadas. Peçam para ver as evidências. Perguntem a parte da história que não está sendo contada. As respostas não deveriam ser simples, porque o cérebro não é simples. (…)”
~ Molly Crockett, neuroscientista PhD University of Cambridge
Maravilhosa, simples e curta palestra (apenas 11min) da neuroscientista Molly Crockett sobre os neuro-exageros e neuro-distorções que as manchetes de jornais, produtos de supermercado e mesmo cientistas e clínicas médicas fazem sobre estudos acadêmicos e científicos, levando a manchetes distorcidas como “Um sanduíche de queijo é tudo o que você precisa para tomar decisões difíceis” ou “Você Ama Seu Iphone. Literalmente“. Com um discurso gentil e rico, Molly aponta os diversos caminhos que a distorção toma para atrair nossos olhos, e pede, como no trecho acima, nossa responsável colaboração, ceticismo e responsabilidade sobre o que lemos e acreditamos (ou não). É um aviso importante e que vem num momento onde a neurosciência é a menina dos olhos de muitos dos estudos do cérebro, da mente e do comportamento humano, feito por uma neuroscientista especializada em moralidade, altruismo e processos de decisão no comportamento humano.
Segue a apresentação (11min18seg), original em inglês com legendas em português por Francisco Dubiela (TED Translator):
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As legendas estão horrivelmente sincronizadas com a imagem.
Hahahahhha! Sensacional. “Horrivelmente sincronizadas” ou “magnificamente dessincronizadas”?
Aqui no meu browser está tudo sincronizado, Glauber. Talvez recarregando esta página elas se reajustem pra você, ou fechando e reabrindo o browser. Senão, você pode tentar direto no site do TED (clicando no logo que aparece no topo esquerdo do vídeo), é possível funcione.
Se mais alguém tiver enfrentando esse problema, avise.
Saudações,
Nando
Legendas perfeitamente sincronizadas. Apenas uma dica: não colocar a legenda de forma a obstruir a visão de esquemas mostrados no vídeo – não fica legal. Em tempo: publicação fantástica.
Só para avisar: também aconteceu o mesmo comigo (legendas nao sincronizadas), mas depois de recarregar a página tudo voltou ao normal e assisti ao vídeo sem problemas.
A cientista acha legal mudar os hábitos dos ratos, controlando a atividade neural de uma parte específica do cérebro do animal. Isso é triste e os desdobramentos são incontroláveis. Podem ser bons, as custas dos próprios ratos, ou péssimo, pois podem usar isso para manipular outras criaturas como nós.
Não é legal? Fazer com que alguém que tem hábitos maníacos poderem simplesmente mudar isso de um dia pro outro pode ser FANTÁSTICO, pra pessoa e todas as que as rodeiam. Converse com alguém que tem TOC e notarás isso.
Como esta neurocientista do século 21 nos alerta para o “Saber Socrático” da antiguidade.
Muito obrigado. Gostei muito.