“Diga-me, naquele estado mental que é reagir, você consegue observar alguma cois

“Diga-me, naquele estado mental que é reagir, você consegue observar alguma coisa?”
// JIDDU KRISHNAMURTI (discurso em Mumbai, março de 1961)

Esse é outro aspecto fascinante, e terrível, dos nossos tempos: estamos em estado reativo a maior parte do tempo. A esmagadora maior parte do tempo.

Por isso (também) há tanta frustração com a repetição de padrões, com a falta de sentido, a falta de descoberta (de respostas, de saídas, de soluções), o tédio que vem da exaustão de apenas reagir. E não viver.

A permanência em um estado mental de reagir torna o viver um tanto estéril. Insípido.

Quanto mais cheio de atividades é um dia, por exemplo, e quanto mais agitado é este dia com as frequências dessas tarefas, mais o indivíduo permanece nesse estado reativo. Só reagindo a isso e a aquilo e aquilo outro. Não há espaço para observação real.

E sem observação real, como é a vida de uma pessoa? Podemos traduzir falta de observação real com falta de contato com a realidade. Como é a vida de uma pessoa sem contato com a realidade?

O que Krishnamurti nos instiga, com essa afirmação, é a darmos uma trégua para essa mente reativa. Nos instiga a abrirmos espaço. É o cerne da meditação. Da auto-observação. Do insight. Do despertar de qualquer natureza.

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#observação #reatividade #autoconhecimento #krishnamurti #frases #reflexões

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8 Comments

  1. says: Maria Terêsa Borges

    Por mais que lutemos contra ela (meditação) mais ela se mostra imperativa e necessária. Quando a encontramos como prática real não podemos mais fugir a sua importância. Ache um tempo pra ela no seu Sansara. Sou exemplo vivo dessa premissa. Passaram-se muitos anos e eu perdida e na ignorância até que pude ver o sentido de observar e respirar e inspirar: vida e morte renascer. Cada dia é único e tudo passa – viver agora é tudo que temos; o desapego do ego. Fácil ? Não: nada é. Cultivar o estado da prática pode enfim nos acalmar. Forte Abraço. Sempre uma reflexão.

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