“Você pode muito bem atender à porta, minha filha, a verdade está batendo furios

“Você pode muito bem atender à porta, minha filha,
a verdade está batendo furiosamente”.
– LUCILLE CLIFTON (em “Good Woman: Poems and a Memoir”)

Veja o comentário do post anterior, especialmente a parte que fala da “porta”.

Neste poema (de onde vem o trecho acima), Lucille Clifton está falando do aparecimento de uma luz na sua vida, no seu interior, e da tristeza de uma “vida não examinada”. Uma vida passada sem consciência. “Ela fechou os olhos, com medo de olhar sua autenticidade, mas a luz insiste em aparecer no mundo”, escreve ela, num trecho imediatamente anterior. E então completa:

“Uma voz do passado não-morto começou a falar,
ela fechou seus ouvidos e a voz apareceu escrita na mão,
‘você pode muito bem atender a porta, minha filha,
a verdade está batendo furiosamente'”.

Respondendo a uma pergunta, o yogue Ramana Maharshi disse certa vez que “a graça está sempre presente, a gente é que imagina que esteja em outro lugar ou em outro momento”. Faço um paralelo com esse poema de Clifton, em que a graça, a manifestação da verdade, está presente (“batendo à porta furiosamente”), nós é que não “atendemos” (“ela fecha os olhos”, “ela fecha os ouvidos”). Não damos atenção. Não atendemos à porta.

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2 Comments

  1. says: Silvia Valentina

    … ‘mas a luz insiste em aparecer no mundo’. Interrante esse post pois hj, dak a pouco, inicia o solisticio de verão… a luz mais forte invade, reincide… novamente…. mas em compensação tb a ‘Vida’ se encarrega para que a ‘noite’, a escuridão, a cada dia se reconstrua e que em breve tempo surja com todo o seu potencial no solisticio de inverno. Ciclos se repetem, sem serem observados e percebidos interiormente.bSe a manifestação está sempre nos ensinando… suponho que HOJE seja um dia perfeito para renovar o ‘azeite das lamparinas’… como na parábola do Mestre Jesus das Dez Noivas que esperam os Noivos e 5 delas não viram a falta do oleo para seus candeeiros e eles chegando tarde da noite, algumas não puderam Celebrar pois saíram para comprar o óleo e voltando a porta estava fechada. Retornando aos ensinamentos dos ciclos celtas, em particular, dak a pouco chega o equinócio de outono, tempo das colheitas… preparação para o inverno, escuridão e sombras das nossas vidas. O que podemos fazer?? Digo: – Bem vinda Luz… que nossas ‘portas’ e ‘janelas’ sejam escancaradas… e o passado seja ouvido com mais atenção trazido por tantas sabedorias vivenciadas por nossos Mestres e ancestrais. TUDO é GRAÇA para iluminar nossas ignorâncias.

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