“Quanto mais alguém julga, menos ama”. – HONORÉ DE BALZAC Essa frase não pode s

“Quanto mais alguém julga, menos ama”.
– HONORÉ DE BALZAC

Essa frase não pode ser só concordada ou discordada, é necessário contemplá-la, refletir sobre ela, verificá-la.

Até onde consigo perceber, sempre que há julgamento, o interesse na compreensão mais profunda (do outro) se encerra. E sem compreensão do outro, como diria Thich Nhat Hanh, não pode haver amor. O amor só se sustenta genuinamente se compreendermos. Mas se julgamos, colocamos ali uma definição, uma palavra, e abandonamos a tarefa de ir mais fundo e entender. Se amamos, então, ao contrário, não temos interesse em julgar, e queremos compreender, se aproximar, fazer contato com a coisa amada sem trancafiá-la em algum conceito ou adjetivo.

Além disso, o julgamento em si pressupõe um movimento isolado da mente, desconectada do coração, que percebe a coisa julgada e a classifica de acordo com conceitos e idéias. Sua motivação é egóica: é necessário fugir do sentimento de inferioridade ou carência e projetar isso no exterior.

Num dos fóruns em que vi essa frase uma pessoa argumenta que “é impossível não julgar”, que isso é uma característica inevitável do ser humano. Pode ser. Mas é possível transcender o julgamento uma vez que ele se manifeste. E assim cultiva-se o amar, ao invés do julgar. E o julgar, que poderia se tornar intenso e até compulsivo (como de fato é em nossa realidade), seria reduzido a um mínimo necessário, que poderíamos modular e chamar de discernimento. E estaríamos muito mais abertos ao amor.

#amar #amor #julgamento #honoredebalzac #balzac #frasedodia #compreensão #amarécompreender #thichnhathanh #psicologiadoamor #psicologia #contemplação #maisamorporfavor #menosjulgamento #amemonosunsaosoutros #amemseunsaosoutros #pensamentos #ensinamentos #aprenderaamar #amaré

* * * * *

Publicado no Instagram do @_dharmalog. Siga aqui

More from Nando Pereira (Dharmalog.com)
Isso não se explica num post do Insta, mas podemos tentar um básico mínimo. Fare
Isso não se explica num post do Insta, mas podemos tentar um...
Leia Mais
Join the Conversation

7 Comments

  1. says: Lene Saldanha

    Mas é exatamente isso, né. Julgar cada vez menos, cortar cada vez mais essa compulsão por julgamentos, abrir-se para o amor e para a compreensão de que, assim como temos a capacidade para julgar, temos também para amar. Então, a questão será sempre a nossa escolha. E não o outro ou a situação em si. ???? grata pela reflexão.

  2. says: Hari Karan

    O mais doido é que existe a compreensão da reflexão, mas ao mesmo tempo, ela tbm reflete um julgamento velado, no qual aqueles que julgam muito não são capazes de amar. Talvez pq eu entenda o amor como um campo de “julgamento neutro”. Pra mim, o amor possibilita um tipo de julgamento não-dual, sem apegos, onde o “bem e o mal” não são protagonistas, apenas servem a intuição. Portanto, se o julgamento estiver apoiado na Consciência do Ser, é sempre amor.

  3. says: Vanessa Cristina Strobelt

    Geralmente as pessoas julgam porque não sabem como funciona a mente humana… Todos nós seres humanos temos a semente do bem e do mal…. Manifestamos aquilo que é alimentado em nós e o que as causas e condições nos permitem manifestar devido a nossa estrutura carmica… Pra deixar claro que compaixão e não julgamento é uma postura mental e não significa impunidade…

Leave a comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *