Lutar é a maneira de a personalidade-ego manter sua existência. Quando você deixa de lutar, a identifcação com a personalidade começa a desmoronar, e você se conscientiza de sua vacuidade e de sua falta de limites. A coisa mais difícil de fazer para os buscadores espirituais é parar de lutar, de esforçar-se, de procurar e buscar. Porque será? Porque na ausência de luta você não sabe quem você é, você perde suas fronteiras, perde a sua separatividade, perde a sua especialidade, perde o sonho que você viveu durante toda a sua vida. Por fm, você perde tudo quanto a sua mente criou, e desperta para quem você verdadeiramente é: a plenitude da liberdade, não limitada por quaisquer identifcações, identidades ou fronteiras.
— ADYASHANTI
O trecho inteiro em que Adyashanti fala dessa ambiguidade de luta e entrega está no livro “Para Abraçar a Prática“, que está à venda em versão PDF (aqui). O livro é bônus da Mentoria do Dharmalog para todos os participantes.
O trecho está no capítulo “As 5 Desculpas“, que se referam às cinco mais usadas justificativas esfarrapadas que usamos para não fazermos nossa prática de meditação. Esse trecho está na desculpa intitulada “Inadaptabilidade com o silêncio“, que reúne as variantes que usamos para dizer que não conseguimos ficar em silêncio, que somos muito agitados, cabeça muito caótica, não conseguimos ficar parados, e por aí vai.
Mas, como está claro, há profundezas inacessadas nessa desculpa. Uma delas é esta que Adyashanti se refere, o medo de perder as fronteiras, de se perceber ilimitado, de existir como espaçuosidade infinita. Contra isso, lutamos. Fingimos manter uma luta qualquer, uma luta nobre de preferência, um esforço que nos mantenha “sólidos”, com “paredes”, com pele e ossos. Uma luta que está fadada ao fracasso e à auto-dissolução. A coisa mais difícil para os buscadores espirituais.
Para explorar e superar essas e outras questões da sua prática, conheça a Mentoria de Meditação do Dharmalog, a se inscreva num dos próximos grupos:
Aberto a todos.
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