“No momento que você se livra das desculpas, se livra dos seus álibis”: série da BBC mostra Jean-Paul Sartre [VÍDEO]

“Nossa responsabilidade é muito maior do que poderíamos supor, porque ela envolve a humanidade inteira.”
~ Jean-Paul Sartre, em “O Existencialismo É Um Humanismo”

Uma introducão básica à obra e às questões do filósofo e escritor francês Jean-Paul Sartre (1905-1980) está no capítulo “O Caminho para a Liberdade” (The Road To Freedom), da série “Humano, demasiado humano” (Human All Too Human), produzida pela BBC, que segue abaixo como foi disponibilizada com legendas em português pelo professor Octavio Silvério Neto. O documentário aborda várias das questões filosóficas e humanas mais importantes da vida e da obra de Sartre, como a liberdade, a responsabilidade, a fenomenologia, o significado e o propósito da vida, e a autenticidade, passando pela citação de obras como “A Náusea” e “O Ser e O Nada”, o “inferno são os outros” de “Entre Quatro Paredes”, a influência decisiva de Martin Heidegger, e ainda conta com depoimentos como o de Simone de Beauvoir (1908-1986), sua conhecida companheira durante anos. Claro que alguns aspectos estão colocados de maneira básica, algumas superficial (algumas questões filosóficas mais profundas são realmente difíceis de serem abordadas apropriadamente num programa curto), mas como panorama geral é válido. Por seguir uma linha biográfica, algumas conexões entre as questões da vida de Sartre com sua obra filosófica ficam mais claras, como sua prisão na guerra, e

A série da BBC ainda tem outros dois episódios. “Beyond Good And Evil”, sobre Friedrich Nietzsche (1844-1900), do qual a série tirou seu nome (do livro “Human, All Too Human: A Book for Free Spirits”), e “Thinking The Unthinkable”, sobre Martin Heidegger (1889-1976).

Segue abaixo “The Road To Freedom” (48min19seg):

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4 Comments

  1. says: norma7

    Por sintonia, coincidência ou serendipidade quando acabei de ver o vídeo, fui me atualizar (Jazz) no Blog do Prof e Sociólogo Roberto Martins, onde sou um tanto bissexta e li:

    “pelos idos da década dos trinta do século passado o país mais antissemita , contra judeus era a França e não a Alemanha de Hitler. desde o caso Dreyfus isto era fato reconhecido por todos os historiadores. hoje , a direita francesa faz demonstrações públicas estrodoantes contra o casamento gay e inventa ligações bizarras entre maçonaria e campanhas de respeito à homoafetividade. A França pira mesmo. saudades de jean-paul sartre.que estaria nas ruas; só que do outro lado dos rombudos e sisudos como robespierre.”

    Acho que Sartre gostaria disso: estar do lado contrário dos ‘sisudos’, formulando teorias.

    Afinal, segundo sua mulher, S. Beauvoir (Não se nasce mulher, torna-se mulher.”), “a não ser quando está dormindo, ele pensa o tempo todo”. e diz o próprio Sartre (em sua ‘modéstia’ – rs): “Eu era mil Sócrates”.

    Grata pela postagem e boa sorte,
    Norma

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