A Fonte da Vida (The Fountain)

Fonte da Vida. Melhor filme de 2006. A experiência da vida e de seus significados mais profundos usando as belezas da arte, as possibilidades da tecnologia e a mente e o coração humanos para ir além, sentir além e chegar além. A frase de Izzy (Rachel Wisz) “venha, é a primeira neve do inverno” ainda soa na minha memória. E diversas outras maravilhas da Fonte, como a imagem da árvore da vida e Tom (Hugh Jackman) careca meditativo nadando no ar da consciência ficcional do ano 2500 d.C., entre várias outras imagens, cinematográficas, psicológicas, transformadoras. Darren Aronosfksy (Requiem of a Dream, Pi) tem apenas 38 anos mas pra mim já é um gigante mestre do cinema e da arte, um artista instigante que filma aqui o papel da consciência, da história pessoal, do karma, da mente e da vida, usando a Bíblia, a Ciência e… o Cinema, para colher sementes (e flores, e folhas, e…) da árvore que a humanidade menos cuida nos tempos modernos. Esse filme possui cenas e sequências que eu não vi semelhante em nenhuma outra obra, de uma beleza ímpar, e com densidade. As cores, as imagens, os personagens, a ciência, o significado buscado, a mensagem objetiva e recorrente da obra, as questões fundamentais da vida nos momentos mais triviais (e nos mais críticos), o amor e a imortalidade se encontram numa atmosfera lírica e dramática de encher os olhos, a cabeça e, principalmente, o coração. Ainda que não seja literal e óbvio, é bonito e profundamente tocante. Um chamado à vida. 100/100.

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