E agora, botar azul ou verde?

Ferreira Gullar não faz mais poema com frequência – só colagens, desenhos e a coluna da Folha. Mas nem precisa. Com uma entrevista como a concedida a O Globo (de sábado, 12.08, Prosa & Verso), há poesia suficiente para muitos corações. O pavor da morte está sendo trocado pela sabedoria das manhãs de domingo (com sol), de onde se busca inspiração para saber que o tempo precisa ser desvendado, onde “o puro instante é o ideal da felicidade“. A entrevista é simples e é grande. Um trechinho bem do fim (é possível ler na íntegra no novo Globo Digital):

“Descobri junto com ele (seu gatinho de estimação) um novo estilo! Agora ele morreu. Chorei um mês. Meu companheiro de 16 anos. Mas continuo fazendo as colagens. O desenho não envolve reflexão, não envolve passado. Os problemas da vida se resumem a botar azul ou verde, recortar quadrado, triângulo ou redondo. Não tem guerra. Não tem corrupção. Não tem nada.”
~ Ferreira Gullar, n’O Globo

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