“Eles (laboratórios farmacêuticos) nunca revelaram os motivos e as políticas públicas que os estimularam a dar dinheiro à campanha de Lula. Eles financiaram o PT para não terem José Serra no caminho. O candidato tucano encrencara com eles ao tempo em que foi ministro da Saúde. Uma briga na qual Serra defendeu publicamente o interesse da patuléia.
Um dos doadores de Lula , o laboratório Schering (…) é figurinha carimbada. É aquele do qual em 1998 saíram alguns milhares de cartelas do anticoncepcional Microvlar com farinha dentro. Quando souberam da anomalia, seus diretores calaram. Disso resultou que centenas de consumidoras engravidaram. O Schering deu R$ 100 mil à campanha de Lula. É mais do que pagará a cada uma das vítimas de sua farinha, com as quais combate valentemente na Justiça.
Serra também brigou com o laboratório Novartis, multinacional suíça. Acusou-o de marretar o preço do remédio Glivec, usado contra um tipo de leucemia. Conseguiu baixar a conta de US$ 2.400 por paciente/mês para US$ 1.620. Gente boa essa. Baixaram em um terço o preço da ciclosporina (Sandimmun) logo que o o governo liberou a produção do genérico. Serra atacou o Novartis porque ele aumentou o preço do Cataflan em 35% em apenas dezoito meses. Quando se encontrou com o presidente mundial da empresa, disse-lhe, em boas palavras, que sua filial andava metida em maracutaias no Brasil. O Novartis deu outros R$ 100 mil à campanha de Lula. (…)”
~ Elio Gaspari na coluna de hoje
Lula e os laboratórios farmacêuticos
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levando-se em conta a relação de Serra com um certo laboratório de genéricos ao qual é associado (T…) e que vai muito bem, não pode-se concluir que Serra tenha agido pelo “bem do povão”, mas sim usado a aparente honra em lutar contra corpse-o-rations da saúde como caminho sutil pro ganho dos genéricos, incluindo ai a firma a que é associado… o que demonstra como Serra é um político elegante pois sabe bancar o “bom” e levar o seu ao mesmo tempo, por um lado parece um político melhor, mais civilizado, pois todos roubam, pra mim é o pior tipo, pois é o tipo de político que mantém o esquema do jogo social como tá, algumas vezes agravando-o.
Já o Lula, até da Cargill ele recebeu uma boa dose de grana, o que talvez explique a vista grossa que seu governo tem tido com a Amazônia e outras áreas florestais, algumas aqui no estado de sp, que muito interessam à Cargill (que recentemente até no programa do Marcelo Resende foi citada, já que uma de suas plantas aqui recebia cargas e mais cargas de alimentos roubados – o que parece bobeira pra ser feito na maior e mais devastadora corporação que já vi, mas levando-se o que planejam é até assustador… Cargill + ELF (earth liberation front) é um bom início no Google pra quem se interessar…
A primeira coisa que devemos saber, para fazer uma comparação válida, é se o Serra recebeu alguma dinheirama da indústria farmacêutica, dessa gente que fez essas tretas todas e correu pro Lula. Recebeu? Não sei, tentei ver no TSE mas a informação por lá não parece muito bem organizada.
Há alguém dos genéricos do lado do Serra? Quem é? Tem fonte para eu poder verificar? Que conexão é essa? De qqer maneira, todo o episódio e leis dos genéricos foram, sim, EXCELENTES para a patuléia, Guaco, não importam os side-effects políticos secundários disso.
Acho que a intenção do Elio, e q eu acho saudável para o nosso mundo democrático e real tomar nota, é que esse governo que assumiu com uma imagem incólume e heróica é capaz de muita coisa que seu eleitorado jamais imaginaria que ele seria capaz.
sobre nossa “sociedade do espetáculo” e seu jogin´ de ilusão:
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TEUTO E SERRA ANTES:
O ministro mandou que a Abifarma provasse a acusação e fez a Vigilância Sanitária multar o Laboratório Teuto, que vinha realmente praticando essa ilegalidade. O governo espera aprovar a Lei dos Medicamentos Genéricos até dezembro, fazê-la vigorar em janeiro e, por meio da concorrência, coibir os aumentos considerados abusivos nos preços dos remédios.
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TEUTO E SERRA DEPOIS:
A cerimônia de inauguração, em Anápolis (GO), das novas instalações do Laboratório Teuto, que se torna o maior complexo industrial farmacêutico da América Latina especializado na fabricação de genéricos
A empresa, que teve um investimento de US$ 100 milhões, quer alcançar o primeiro lugar em produção de genéricos nos próximos anos. Na inauguração, que teve a participação do vice-presidente da República, Marco Maciel, o ministro da Saúde, José Serra, discursou dizendo que “a política dos genéricos é uma das ações que podem diminuir a desigualdade no país”. Serra disse também que “a principal lição que eu aprendi no Ministério da Saúde foi ampliar meu otimismo sobre o Brasil. Quando cheguei ao Ministério, essa área tinha pouca auto-estima. Mas nossa política passou a ter desdobramento internacionais”. Nos planos de exportação da Teuto estão a América Latina, a África e os Estados Unidos, o maior mercado de genéricos do mundo (com um faturamento anual de US$ 16 bilhões).
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Beleza. Assim fica melhor. Mas… qual a conexão propriamente dita, além da multa e do discurso na inauguração (afinal, ele era o Ministro da Saúde, é a ele que cabe ambos os compromissos, nao?). Talvez falte definir o “antes” e “depois” do quê exatamente. O q rolou?
De qqer maneira, os genéricos são a alternativa viável para quem não tem o dinheiro para comprar dos grandes, não são? Quando não forem, aí sobrara’ só esse side-effect, e não a essência (sao outros 500). Agora, o bem está feito – ainda que não tenha mudado a natureza do meio político.
num discordo, na verdade concordo, mas mesmo assim reafirmo que o Serra não fez pelo bem do povão diretamente, não que ele não tenha considerado, claro que considerou, pois ele é elegante, sabe ser bom político, aquele que tira um tico e dá muito, mas que tira seu tico tira, como era o Mario Covas e suas relações não provadas no porto de santos e por ai vai… e foi inteligente a jogada de qualquer forma, sutil e ainda, plagiando Steve Jobs, com carma bom… o treco do Serra é só fuçar no google que outras coisas aparecem, como lembra Greg Palast, “Just follow the money”. :)