“Se você deseja sair da prisão, a primeira coisa é perceber que você está preso. Se você acha que está livre, você não pode escapar”.
_ G. I. GURDJIEFF
Que prisão?
Então, essa é a pergunta. Essa é a primeira coisa que Gurdjieff sugere fazer.
Não é tão difícil de responder, é?
A prisão, pelo próprio nome, já nos indica que é algo que nos sentimos limitados. Com a sensação de ter pouca ou nenhuma opção. De estarmos… presos.
Envolve provavelmente alguma situação externa, mas é sua situação interna que é a prisão. Não é algo ou alguém que nos prende, somos nós que não conseguimos sair, ou nos sentimos fracos, ou sem recursos, ou sem opções, ou com um caminho de difícil saída, de “grades” que nos constrangem. Uma prisão.
O que lhe vem à mente de imediato? Pense na sua vida, nas suas angústias (outro sintoma indicativo de prisão), nas suas frustrações.
Talvez você não saiba como sair de tal prisão, mas se a sensação está lá, um passo já foi dado.
No fim das contas, Gurdjieff está falando da vida como um todo e principalmente do que pensamos sobre nós mesmos. Da imagem e identidade que cultivamos sobre nós mesmos, e isso pode ser muito apriosionador.
“A pessoa deve primeiro de tudo entender certas coisas. Tem que entender que ela tem milhares de idéias e concepções falsas, principalmente sobre si mesma, e deve se livrar delas antes de aprender qualquer coisa nova. Senão o novo será construído sob a fundação errada e o resultado será pior do que antes. Falar a verdade é a coisa mais difícil do mundo; uma pessoa tem que estudar muito e por longo tempo para que fale a verdade. Somente o desejo não é suficiente. Para falar a verdade a pessoa deve conhecer o que a verdade é e o que a mentira é, e antes de tudo nele mesmo. E ninguém quer saber”. (GURDJIEFF)
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