“Nós exageramos igualmente nossos infortúnios e nossa felicidade. Nunca estamos

“Nós exageramos igualmente nossos infortúnios e nossa felicidade. Nunca estamos tão mau ou tão felizes quanto dizemos que estamos”.
_ HONORÉ DE BALZAC

É muito interessante – e revolucionário – quando a gente é capaz de perceber isso em nossa própria vida, em nossa própria experiência. Invariavelmente é um momento de profunda intimidade e honestidade conosco mesmo. É uma súbita visão clara, como um relâmpago que ascende de repente e mostra toda uma paisagem que estava escura.

Essa luz atravessa uma barreira egóica que costuma querer preservar um condicionamento, uma imagem, uma auto-imagem, uma crença, uma necessidade (de pertencimento, de sentir-se feliz, de “ser” alguém assim ou assado, etc).

Então…

“Não estou tão mal assim”.
“Consigo atravessar isso sem tanto sofrimento”.
“Não é tão grave quanto costumo acreditar”.
“Talvez eu esteja reagindo a mais da conta”.
“Isso não é tão trágico”.
“Tenho mais capacidade de aceitar e superar isso do que estou assumindo aqui”.

“Isso não é tão incrível assim”.
“Isso não me dá tanta felicidade”.
“Talvez eu tenha superestimado essa experiência”.
“Mas isso realmente me dá alegria, me dá essa satisfação?”
“Acho que exagerei um pouco na empolgação”.
“No fundo, na verdade, isso não me realiza”.

E tantas outras variantes.

Isso pode parecer desanimador, mas é uma maravilha. Abre os campos da visão para a realidade, abre o coração para a alegria, abre a mente para a paz.

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