“É necessário aprender-se a amar, porque o amor também se aprende”, por Divaldo Franco

Todos os grandes do mundo falaram dele – o Amor – mas muitos de nós ainda estamos alheios ou dando passos muito tímidos, atrapalhados pelas obras do ego como o apego e o medo. Neste trecho do livro “Garimpo do Amor“, o médium espírita Divaldo Franco, autor de mais de 250 livros e tendo vendido mais de 8 milhões de exemplares, fala maravilhosamente do Amor, tentando demonstrar em situações como a ação amorosa aparece e como o ser humano se engrandece quando age com Amor. “Garimpo de Amor” tem 30 tópicos sobre o Amor e é escrito, segundo Divaldo, em conjunto com Joanna de Ângelis, sua guia espiritual.

Segue o trecho abaixo:

Eis por que é necessário aprender-se a amar, porquanto o amor também se aprende, aprimorando-se incessantemente. Esse aprendizado é feito através de treinamento, de exercícios repetitivos, no início sem muita convicção, para, de imediato, passar-se a senti-lo em forma de bem-estar e de harmonia íntima. A medida que se fixa no sentimento, ocorre uma mudança de comportamento, de saúde, de experiências humanas e o ser todo se transforma emulado pela sua dúlcida melodia envolvente. Ao mesmo tempo, irrompe calmamente em forma de auto-estima e confiança em si mesmo, fazendo que desabrochem os valores espirituais que dão sentido e significado à vida.

Lentamente, as emoções tornam-se compensadoras, por propiciarem alegria de viver e de participar do relacionamento afetivo com outra pessoa. O amor que se dá é o amor que se recebe, e mesmo quando não é correspondido, abre espaços felizes para o perdão e para a compaixão pelo outro. Certamente, o relacionamento amoroso no casamento não transcorrerá sempre sem incidentes ou dificuldades, que são perfeitamente compreensíveis. No entanto, para que sejam ultrapassados esses impedimentos, a lealdade e o companheirismo tornam-se essenciais. Sem a submissão que humilha, através dos mecanismos das imposições e chantagens emocionais, o amor dialoga sem agressividade, discute sem acrimônia, discorda sem ressentimento, esclarece os conflitos e preenche os espaços vazios, os afastamentos…

Quando um dos cônjuges silencia ante a injustiça, inevitavelmente passa a acumular mágoa e a confiança cede lugar à suspeição, que derrapa em desrespeito e desconsideração. O amor, por isso mesmo, é generoso, compreensivo, mas verdadeiro, compartilhando de todas as ocorrências. Não anui com o erro para agradar, nem se escusa de cooperar em razão da presença de qualquer distúrbio. Sempre estimula à desculpa e à generosidade, trabalhando, no entanto, pela compreensão e pela harmonia que devem vigir no relacionamento afetivo. É o grande lutador contra o egoísmo, por fomentar a solidariedade e o bem geral.

Um relacionamento de amor é uma admirável experiência de aprendizagem constante, em cujo período de vigência apresenta angulações sempre novas e desafiadoras. Desarma quem preserva dúvidas e suspeitas, permitindo que a pessoa sinta-se
tranquila, nunca ameaçada, em sintonia com o anelo da legítima compreensão. Quando o amor real suplantar os interesses imediatos do sexo, e a necessidade do companheirismo e da ternura sobrepujar as inquietações do desejo, o matrimónio se
transformará em união ideal de corpos e de almas a serviço da Vida.

Para esse desiderato, cabe a cada parceiro o dever de nao se deixar anular, a pretexto de afeição pelo outro, nem se permitir uma situação de subalternidade ou de servilismo, tampouco de presunção e prepotência. O amor dulcifica e transforma para melhor, jamais se impondo ou constrangendo. O amor conjugal alça os indivíduos a patamares de harmonia e de alegria de viver incomuns, pois que tal é o seu objetivo, tornando-se clímax abençoado do desenvolvimento espiritual dos seres.”

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