O Vento, por Mário Quintana

O Vento

O vento é um inveterado ledor de tabuletas. E, com toda aquela sua pressa, é exatamente o contrário do letior apressado: não salta uma só que seja, não perde nenhuma delas, lê e passa – que o seu destino é passar – mas guarda uma lembrança vertiginosa de todas, principalmente das verdes, das vermelhas, das de azul mais forte, sem esquecer, ó Van Gogh, as tabuletas amarelas…
Sabes? Passa no vento a alma dos pintores mortos, procurando captar, levar(para onde?) as cores deste mundo.Que este mundo pode ser que não preste,mas é tão bom de ver!
Mário Quintana.
(cortesia Denise Carrilho)

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